"Logo agora que a brincadeira tava ficando boa!". Quem assiste ao programa "Zorra total" certamente sabe o que significa o bordão. Há menos de um ano no ar, o quadro "Vamos brincar de quê?" é sucesso entre adultos e crianças. A esquete mostra duas meninas, Carol (Katiuscia Canoro) e Marina (Samantha Schmütz), e dois meninos, Gabriel (Wagner Trindade) e Soluço (Marcos Veras), que se reúnem quando os pais se encontram para jogar cartas. Entre as brincadeiras, a garotada não deixa passar nenhum comentário feito pelos mais velhos e os coloca em verdadeiras saias justas quando interrompem o carteado para fazer perguntinhas desconcertantes. - Que criança nunca deixou os pais em uma situação desse tipo? - questiona Samantha, que teve a ideia depois de conversar com um dos roteiristas do humorístico, Marco Palito. Em um cenário decorado com um sofá enorme e brinquedos fora de proporção, que dá a ilusão de os humoristas serem menores, ficam reunidos os personagens, todos criações antigas dos atores. Na ideia original de Palito, seria um único protagonista, que sempre deixaria seus parentes em situações difíceis. Conversando com Samantha, ela sugeriu colocar a pequena Marina, que a atriz já tinha testado no teatro, na história. - Depois de assistir a minha peça ("Curtas"), a Ivete (Sangalo) falou que eu tinha que colocar a Marina na TV. E, um dia, conversando com Palito vi que a criança que ele pensava poderia ser ela - diz Samantha. O elenco foi ganhando ainda mais corpo depois que a atriz falou com Katiuscia. - A Samantha já tinha a Marina e eu já tinha a Carol e nós duas ficávamos brincando com as duas personagens. Quando começamos a falar mais sobre o quadro, vimos que seria bacana ter um papel masculino também. Então, pensamos no (Marcos) Veras e no Wagner Trindade, que também já tinham seus personagens infantis - conta Katiuscia. Foi quando os quatro atores se reuniram e montaram uma cena para Maurício Sherman, diretor geral do programa. - De cara ele gostou da ideia - lembra Samantha. Além das quatro crianças, seus responsáveis da ficção acabaram se juntando ao quadro. Eles são interpretados por Raphael Molina (Délio) e Christiana Rodrigues (Érica), os pais dos meninos; e Helena Werneck (Helena) e Anselmo Vasconcellos (Pedro), os pais das meninas. Por último, veio a caracterização detalhista, que inclui perucas, adereços como bonés e roupas coloridas e deixa o elenco quase irreconhecível. - Antes mesmo de gravar já incorporamos as personagens. Basta colocarmos o figurino que a voz muda e começamos a chamar as pessoas de tio e tia dentro do estúdio - revela Katiuscia. O sucesso da fórmula, para Veras, vem de uma mistura de ineditismo e uma certa inocência, que atrai os espectadores menos afeitos ao humor calcado na baixaria. - É um quadro diferente pois aborda um assunto rotineiro. Todas as crianças fazem isso. Além do mais, não tem mulher pelada, apelo sexual... Não tinha outro programa mostrando adultos imitando crianças de verdade - diz Veras. Ao serem abordados por fãs do programa nas ruas, os atores têm a certeza de que estão no caminho certo. - Tem pai e mãe que me encontram e falam: "Nossa, minha filha é igual a você!". E começam a contar histórias de situações desconfortáveis que já passaram com os filhos. Tem pai que chega a falar que, depois que viu o quadro, o filho acha que é engraçado colocá-los em situações desse tipo - diverte-se Samantha. Trindade, que estreou no elenco de "Zorra total" com o quadro, também passa por situações semelhantes graças ao seu personagem, Gabriel. - Muita gente me para e pede para eu falar "Paga", o bordão do Gabriel, que tem a língua presa. Tem adulto que me encontra na rua, faz careta e começa a rir. É bem divertido - conta o ator, que mostrou pela primeira vez seu personagem na TV em um concurso de humor promovido pelo "Domingão do Faustão". Fonte: extraonline
22 de fevereiro de 2011
Matérias - Quarteto de um dos quadros mais populares do 'Zorra total' posa de cara limpa
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EU ACHO QUE CRITICAR DE QUEM TEM LINGUA PRESA NÃO É UM MODO DE DIVERSÃO E SIM DE BULLYNG E PRECONCEITO.
ResponderExcluirBoa noite, Anônimo!
ResponderExcluirO preconceito tá na cabeça de quem pensa.
Se você conseguir analisar, o personagem da língua presa em questão, sofre do tal chamado "bullyng" dentro do seu meio.
Isso nada mais é do que a simples constatação da realidade em que vivemos.
De acordo com a liberdade de expressão e de pensamento, cada um interpreta da maneira que quiser ou achar conveniente, seja como diversão, como crítica ou simplesmente como motivo de discussão por falta de assunto.
Boa noite,
Wagner Trindade